quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O PROJECTO OLÍMPICO DO SPORTING: PORQUE NÃO SOMOS SÓ UM CLUBE DE FUTEBOL


O futebol é a grande essência financeira e mediática do Sporting Clube de Portugal. Não tenhamos dúvidas. Mas somos igualmente a maior força desportiva nacional. Dúvidas aqui também não deverão existir. Porque somos. E a nível mundial, falando de títulos alcançados na soma de todas as modalidades praticadas, só mesmo o Barcelona está à nossa frente.
A exposição mediática e o retorno financeiro das diversas modalidades praticadas no universo leonino, no entanto, não chegam nem de perto, nem de longe às que tem origem na bola redonda. É normal. Gostamos essencialmente de futebol. Seja nos estádios, no sofá ou nos cafés. E por isso, é através deste canal que são injectados os milhões de euros – de patrocinadores e dos direitos de transmissão televisiva - necessários a esta estrutura desportiva. 
As receitas deste desporto planetário canalizam verbas para o ecletismo leonino que tanto nos orgulha. Trocado por outras palavras, o sucesso ou insucesso dos 25 jogadores de um plantel profissional decidem, em última instância, a sorte de centenas e centenas de atletas e treinadores que, ora recebendo ordenado ou bolsas olímpicas, acumulando com outras profissões, e, outros ainda estudantes, vestem a camisola do Sporting Clube de Portugal nas mais diversas modalidades. Uns por puro prazer, outros por amor, e outros, sejamos honestos, porque recebem.
Os Jogos Olímpicos Londres 2012 são já ao virar da próxima página. O Sporting Clube de Portugal arrisca-se a ser o clube mais representado nesta competição olímpica. Como tem sido em todo o seu historial. Naide Gomes, Francis Obikwelu, no atletismo, João Silva, Triatlo e João Pina, Judo, são um claro exemplo de atletas com condições para lutar por medalhas.
Esses atletas vivem, naturalmente, da sponsorização e/ou das verbas do projecto olímpico, uma bolsa de apoio à preparação, tendo como objectivo uma representação de excelência nas olimpíadas. Falando somente sobre os patrocinadores, é sabido que gostam de ver quem apoiam aparecer nos media. É daí, em grande parte, que advém o retorno do investimento feito (ROI).
As perguntas que têm de ser feitas são: O que fez até à data o clube pela “promoção” dos seus atletas e do ideal olímpico do Sporting Clube de Portugal? Que contratos publicitários foram angariados e celebrados para ajudar esses mesmos atletas? Que estratégia foi ou está a ser pensada para “promover” os nossos atletas, que embora estejam a representar o nosso país, são a face mais visível do nosso ecletismo?
E só de pensar que um Simana Pongolle (que custou 6 milhões de euros) pagaria, no mínimo, 6 projectos olímpicos.
 MSS

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DECLARAÇÕES INFELIZES

A poucas horas de um difícil jogo contra o Marítimo, Paulo Sérgio vem dizer que a crise afecta o balneário.

A mensagem para fora e, principalmente para dentro, deveria ser que o Sporting tem uma estrutura profissional a funcionar e a equipa de futebol é composta por profissionais experientes, pelo que estão todos concentrados nos jogos e não se vão deixar afectar pela demissão dos órgãos sociais.

Mais uma vez o profissionalismo que devia nortear o departamento de futebol e uma política de comunicação eficaz, interna e externa, em prol da equipa e do clube, parecem estar ausentes, o que não deixa de ser lamentável.


MSS