quarta-feira, 27 de março de 2013

O MEU SPORTING


Agora que o processo eleitoral foi um sucesso e que a MAG (não obstante o presidente que tinha) efectuou um trabalho excepcional, verdadeiramente heroico, a quem a História se encarregará de fazer justiça, quero deixar aqui a minha ilusão sobre o que aí vem (em termos de futebol, naturalmente).

O meu Sporting é o Sporting que aprendi a amar nos anos 80 e 90. Esse Sporting tinha no seu ADN o espírito de aventura, a garra, a frontalidade de enfrentar o jogo de peito aberto, reconhecendo o risco mas sorrindo perante as adversidades, confiante e altivo a impor respeito aos adversários.

O meu Sporting tinha Homens brutos, Leões duros e implacáveis nas bolas divididas, que comiam a relva e trituravam os adversários, filhos da puta para os árbitros se os prejudicassem, para os adversários que se pusessem com jogos rasteiros que não fosse leais, batiam e batiam bem, levavam tudo à frente, nas bolas paradas impunham o terror nas áreas, rasgavam-se todos mas chegavam à linha de fundo e tiravam cruzamentos em força e com arte para a entrada de rompante dos matadores, chutavam autênticos misseis de fora da área que furavam as redes (é que furavam mesmo) com uma colocação genial e uma potência que reduzia os adversários a pó.

O meu Sporting era selvagem, parecia muitas vezes descontrolado e incontrolável, cavalgava o jogo com um arreganho e uma vontade indómita e marcava o primeiro e ia buscar a bola ao fundo da baliza porque o segundo já tardava e tinha uma fome insaciável!

O meu Sporting tinha Homens como Damas, Eurico, Barão, Virgílio, Inácio, Fraguito, Nogueira, Manuel Fernandes, Jordão, Oliveira, Ademar, Venâncio, Oceano, Valckx, Marco Aurélio, Luisinho, Douglas, Naybet, Saber, Schmeichel, Duscher, Vidigal, De Franchesci, Mbo Mpenza e, depois, Rui Bento, João Vieira Pinto, Phil Babb, Niculae e Jardel que, dentro do campo eram Leões a RUGIR BEM ALTO.

Peco por defeito porque me esqueci de vários, obviamente mas… mas… o meu Sporting não é e jamais me identificarei com um clube de “rodinhas” baixas que se amedrontam com as bolas paradas, que caem como flores ao primeiro encosto, que se realizam a dar piruetas e voltinhas estéreis à volta do seu umbigo sem produção para a equipa, que entram nas Antas ou na Luz a rezar para que aquilo acabe depressa sem… JOGAREM FUTEBOL!

Espero e desejo que o novo Presidente consiga devolver o sonho, a ilusão a Alvalade, ao Sporting, aos SPORTINGUISTAS! Mais que um Clube é um ESTADO DE ALMA!
Saudações Leoninas,

Luís Rasquete