quinta-feira, 30 de maio de 2013

SPORTING A CUMPRIR O SEU DESÍGNIO OU SPORTING A (ARROZ E) FEIJÕES

 Antes do mais, ponto prévio: Jefferson é um profissional sério, que fez uma excelente época num Estoril que tem um projecto estruturado numa equipa dirigente competente e conhecedora do futebol, que tem sabido sempre colocar os interesses do colectivo acima de atitudes individualistas e assim atingiu, com todo o mérito, a qualificação europeia! 

O Sporting, legitimamente, optou por contratar um lateral esquerdo o que indicia a saída de Alvalade do lateral esquerdo da selecção argentina em ano de mundial. Rojo, concorre na posição com Leonel Vangioni, do River Plate, e afigura-se claro o desinteresse do Sporting em valorizar o jogador em ano de mundial na sua posição de origem o que só se pode explicar na sua saída eminente, ainda que o Sporting detenha apenas 25% do seu passe. 

É certo que o jogador actuou toda a época que ora findou a central e subiu de rendimento com o decorrer da mesma mas estamos perante uma conjuntura especifica e trata-se de um jogador que actua numa das melhores selecções do mundo sendo que, com todo o respeito que merece Jefferson, jogador por jogador na posição de lateral, a escolha seria óbvia.

Jefferson representou, entre 2007 e 2013, 9 clubes e soube aproveitar o supra descrito enquadramento do Estoril para estabilizar e encontrar um espaço de conforto e rotinas com os companheiros, potenciando assim as suas qualidades.

Trata-se de um jogador sem grande pedigree não obstante as passagens por Palmeiras e Fluminense, trabalhador aplicado, rápido, com propensão ofensiva acentuada, que cruza e chuta bem. Tem deficiências no posicionamento defensivo e é praticamente nulo no jogo aéreo. 

Foi um dos destaques da Liga 2012/2013 na sua posição. Mas será jogador para um clube com ambições a títulos e a fazer carreira europeia (assinou um contrato de 4 anos, recordo, e não se espera que o Sporting esteja outra época fora da Europa, para lá da que se avizinha)?

Jefferson nunca aspirará, salvo melhor opinião, a atingir a selecção brasileira até porque para tal o valor dos atletas não é, como se sabe, a condição determinante mas, neste caso, trata-se também de uma questão de qualidade intrínseca. 

Mais, seria a melhor opção a nível interno? Seria a melhor opção na relação preço/qualidade/nacionalidade? Seria ainda e tendo presente o mercado externo, a melhor opção? 

Trata-se, claramente, de uma opção para "consumo interno",  mas mesmo aqui deixo apenas um nome a titulo de exemplo no mercado interno: Rúben Ferreira, português, internacional sub-21. Forte nos duelos individuais, rápido, pior que Jefferson a atacar mas melhor a defender e muito superior no jogo aéreo, desde logo pela diferença de estatura. Com outra margem de progressão desde que devidamente enquadrado e já com experiência nas competições europeias. Veremos se ficará no Marítimo ou se irá para outra equipa e a época que ambos farão.  

Não me vou alongar sobre outras possibilidades que o Sporting teria no mercado europeu e a custo mais reduzido que os alvitrados 400 mil euros que custou o passe de Jefferson mas, reiterando o respeito pela opção dos dirigentes do Sporting, sou de opinião que independentemente do contexto financeiro, ao Sporting não se exige "muito", basta a excelência e ser primeiro em todas as competições nas quais entra! 

Tudo o que seja entrar em campo com outro pensamento que não o da vitória é renegar uma História de 107 anos. E o dinheiro ou neste caso, a falta dele, não legitima que se admita menos excelência, também na prospecção. 

A terminar, mais importante que a análise individual supra efectuada e onde de facto pretendo chegar: há planificação no futebol do Sporting? Há definição de um modelo de jogo? De um perfil de jogador que nele se integre? 

O passado recente, bem traumatizante e caracterizado por incompetência e má-fé deixou o Sporting num ponto de... não retorno! Não há segunda hipótese! Urge que o Sporting que ora se constrói caminhe de forma segura, com Esforço, Dedicação e Devoção ao encontro da Glória, do Desígnio Sporting Clube de Portugal!

Saudações Leoninas

Luís Rasquete   

quarta-feira, 27 de março de 2013

O MEU SPORTING


Agora que o processo eleitoral foi um sucesso e que a MAG (não obstante o presidente que tinha) efectuou um trabalho excepcional, verdadeiramente heroico, a quem a História se encarregará de fazer justiça, quero deixar aqui a minha ilusão sobre o que aí vem (em termos de futebol, naturalmente).

O meu Sporting é o Sporting que aprendi a amar nos anos 80 e 90. Esse Sporting tinha no seu ADN o espírito de aventura, a garra, a frontalidade de enfrentar o jogo de peito aberto, reconhecendo o risco mas sorrindo perante as adversidades, confiante e altivo a impor respeito aos adversários.

O meu Sporting tinha Homens brutos, Leões duros e implacáveis nas bolas divididas, que comiam a relva e trituravam os adversários, filhos da puta para os árbitros se os prejudicassem, para os adversários que se pusessem com jogos rasteiros que não fosse leais, batiam e batiam bem, levavam tudo à frente, nas bolas paradas impunham o terror nas áreas, rasgavam-se todos mas chegavam à linha de fundo e tiravam cruzamentos em força e com arte para a entrada de rompante dos matadores, chutavam autênticos misseis de fora da área que furavam as redes (é que furavam mesmo) com uma colocação genial e uma potência que reduzia os adversários a pó.

O meu Sporting era selvagem, parecia muitas vezes descontrolado e incontrolável, cavalgava o jogo com um arreganho e uma vontade indómita e marcava o primeiro e ia buscar a bola ao fundo da baliza porque o segundo já tardava e tinha uma fome insaciável!

O meu Sporting tinha Homens como Damas, Eurico, Barão, Virgílio, Inácio, Fraguito, Nogueira, Manuel Fernandes, Jordão, Oliveira, Ademar, Venâncio, Oceano, Valckx, Marco Aurélio, Luisinho, Douglas, Naybet, Saber, Schmeichel, Duscher, Vidigal, De Franchesci, Mbo Mpenza e, depois, Rui Bento, João Vieira Pinto, Phil Babb, Niculae e Jardel que, dentro do campo eram Leões a RUGIR BEM ALTO.

Peco por defeito porque me esqueci de vários, obviamente mas… mas… o meu Sporting não é e jamais me identificarei com um clube de “rodinhas” baixas que se amedrontam com as bolas paradas, que caem como flores ao primeiro encosto, que se realizam a dar piruetas e voltinhas estéreis à volta do seu umbigo sem produção para a equipa, que entram nas Antas ou na Luz a rezar para que aquilo acabe depressa sem… JOGAREM FUTEBOL!

Espero e desejo que o novo Presidente consiga devolver o sonho, a ilusão a Alvalade, ao Sporting, aos SPORTINGUISTAS! Mais que um Clube é um ESTADO DE ALMA!
Saudações Leoninas,

Luís Rasquete

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A SOBREVIVÊNCIA DO SPORTING ou a sobrevivência do Godinho

Sim, Godinho Lopes, de cabeça completamente perdida, acaba de dar mais uma forte pancada num já comatoso SPORTING CLUBE de PORTUGAL, e porquê?

Simples:

1 - Acaba de anunciar o despedimento do Vercauteren;

2 - Que será substituído pelo treinador/manager/lacaio do Pinto da Costa/benfiquista Jesualdo Ferreira no alto dos seus enxutos 66 aninhos para "recrear" (sim, disse-o bem, porque RECRIAR o Sporting não interessa aos patrões Jorge Mendes e Pinto da Costa), o Sporting, escudando-se cobardemente em Aurélio Pereira, personalidade de quem se lembrou ao fim de um ano e meio de mandato;

3 - Pois que os patrões do Jesualdo tratarão de se "banquetear" já em Janeiro no que bem entenderem do que resta do plantel do Sporting (obviamente preocupadíssimos com a sobrevivência do Godinho, lá está... porque ele lhes faz um certo jeito em termos financeiros e também convém ter o Sporting como um 2º peão de brega no ataque ao Benfica, para lá do Braga);

4 - Concretizando, a vassalagem ao Pinto chegou a enternecer e vai ter reflexo já em Janeiro bem orientada pelo Jesualdo com a vinda de um qualquer Kleber ou Miguel Lopes ou outra qualquer figura de primeira linha em troca de um "segundissima linha" do Sporting de nome Izmailov e, quiçá, de outro "sem qualquer futuro" de nome Labyad;

5 - Pois que só agora e com a ajuda do iluminado comentadeiro afecto (???) ao Sporting se lembrou o Godinho que já não há lugar no Sporting para experimentalismos de gente que contrata 90 jogadores sem resultados (alô, Freitas??? Ah, pois o responsável máximo do scouting é o Paulo Menezes e foi lá posto pelo... Freitas! Pois, pois...);

6 - Pois que no terceiro ano do mandato é que vai haver sucesso desportivo, lá está, tendo por base as 19 contratações do primeiro ano e as 6 desta época, todas do mesmo autor que agora se acusa de experimentalismo (não, a palavra contradição não assiste ao léxico do Godinho e do comentadeiro afecto);

7 - A reestruturação financeira está aí, obviamente palavras para quê, como bem explicou Godinho, cumprindo com o "plano" (ou será aeroplano??) e só está a ser algo (ligeiramente) comprometido porque os 3 (!!!!) investidores que por aí se avizinham estão desconfiados dos 2 garotos que querem "desestabilizar" o clube marcando uma assembleia geral extraordinária para tentar(imagine-se) derrubar o brilhante Godinho, já em versão "a solo" despojado de tudo o que fez parte da sua lista no Clube e na SAD;

8 - Pois que se convidam personalidades para a SAD, sem se definir previamente as funções e ou respeitar os compromissos subjacentes aos convites, sendo que o Borges Rodrigues aceitou e "vai entrar como prémio" (será possível este critério de gestão em pleno século XXI, fazer entrar um individuo para a SAD para o "premiar"????) para fazer o quê, desconhece-se.  

Cara Mesa da Assembleia Geral, acha isto pouco ou insuficiente para, somando a todo o histórico que advém da lástima que tem sido este mandato, no raiar de Janeiro fazer o que se impõe (conforme já foi afirmado por um membro deste orgão) e, nem que seja por declaração de inimputabilidade, afastar este senhor Godinho das funções que exerce pondo o fim à "silly season" que se vive em Alvalade ou esta só terá fim quando o fim for de encontro ao SPORTING CLUBE de PORTUGAL?

P.S.: Que serviço público tão deplorável foi hoje feito na RTP Informação (e atenção, com isto não dou razão a qualquer relvas desta terra que quer privatizar o serviço público, precisamente por causa destas... misérias) com três comentadores tão bem amestrados e um entrevistador que mantém o registo do período eleitoral em que no debate realizado na RTP em Março de 2011 tratou de, tal como hoje, fazer bem o seu "trabalho" e apontar os desestabilizadores e hereges que querem "o mal do Sporting", como se fosse possível fazer pior que isto !!!!!!! É que quase passou despercebido que o Sporting:

a) Para quem ainda esteja distraído, desceu para 10º lugar com 12 pontos em 36 possíveis, podendo ser apanhado pela Académica se esta ganhar o seu jogo, sendo que a Académica está em lugar de despromoção com 9 pontos;

b) Está em situação financeira de insolvência (por declarar porque nenhum credor ainda se decidiu a intentá-la em sede própria);

c) Tem um presidente que se reúne com uma claque para lhe dar satisfações;

d) Permite a entrada de criminosos confessos e líderes de claques de clubes adversários por porta VIP e pior que tudo;

e) Não é dirigido por Sportinguistas (e Jesualdo é só mais um a juntar ao rol...).

Pergunto, algum declarado vigarista conseguiria pior?   

Saudações Leoninas,

Luís Rasquete

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

MAIS DO MESMO - A CONTINUIDADE

Ponto prévio 1: As últimas eleições no Sporting estão há muito encerradas, de facto e de direito. As listas e candidaturas há muito que acabaram, o que interessa é discutir o clube, no seu presente e perspectivar o seu futuro.
Ponto prévio 2: O Presidente do Sporting tem méritos na forma como após as eleições fez por unir os Sportinguistas, como tentou e tenta reorganizar o clube, e, principalmente, no seu trabalho na procura de novas parcerias e investidores, sem os quais o Sporting, tal como o conhecemos, pode deixar de existir.
Um ano e meio depois das referidas eleições, a SAD vai para o seu terceiro treinador (não contando com Couceiro e Oceano), adquiriu quase 30 novos jogadores, por mais de 40 milhões de euros.
Não se vendeu um único jogador com mais valias, pelo contrário, alguns ficaram livres, sem qualquer retorno para o Sporting.
Os resultados desportivos foram e estão a ser dos piores de que há memória.
A continuidade de que tanto se falou é, pois, manifesta: Continuidade nas pessoas, continuidade no projecto (mais concretamente, na sua ausência), continuidade nas (más) ideias, continuidade no descalabro financeiro e continuidade na ausência de títulos desportivos.
Quando é que tudo começou? Até quando pode esta situação durar?
A célebre auditoria tem todos os dados: Os factos, os valores, as datas, os dirigentes, as contratações, as vendas, o património. Uma auditoria de gestão está ao alcance de qualquer um, basta tirar as conclusões dos dados evidenciados.
E a conclusão só pode ser uma: BASTA!
Temos de mudar de rumo!
Não podemos continuar a ter à frente do futebol gente que é responsável por largas dezenas de contratações sem qualquer retorno financeiro e escasso rendimento desportivo.
Não podemos prosseguir – como o temos feito nos últimos 12 anos - em “investimentos” que superam em 20 milhões/ano a receita disponível, pois esse investimento não tem qualquer retorno (a título de exemplo: Na época de 2011/2012 investiu-se mais de trinta milhões mas o retorno foi um aumento de 2 milhões nas receitas).
O mundo mudou, há países, empresas, clubes falidos. Nenhuma empresa pode apresentar resultados como os da SAD e clube e viver muito mais tempo neste mundo.
Não é, de todo, expectável que neste clima recessivo, com a época desportiva quase hipotecada, que as receitas aumentem em 40% de um ano para o outro.
Tal como o país, temos é de cortar fortemente as despesas e não tentar aumentar as receitas.
Há exemplos a seguir como o do Borússia de Dortmund, há uns anos falido, optou por gastar apenas o que tinha, apostar forte nos jogadores da sua formação. Os sócios, os investidores, a banca, todos perceberam, apoiaram, hoje é a equipa bi-campeã da Alemanha, com a maior média de assistências da Europa.
Os nossos sócios não são estúpidos, percebem se houver um desígnio, um projecto, um rumo, e terão (ainda mais) paciência. Aliás, a ideia não é, de todo, nova, foi assim que começou o chamado Projecto Roquete, o qual, quando presidente, chegou a pedir 2 ou 3 anos.
E porque falhou o Projecto Roquete? A (boa) ideia inicial era construir uma academia com vista a potenciar o reforço da equipa principal com jogadores da casa. E trazer as regras da boa gestão de empresas para o universo Sporting.
Ora o que se vê é cada vez menos jogadores da casa e cada vez mais jogadores que assinam pelo Sporting para aqui acabar a carreira, ou para tentar começar a mesma, sendo o clube um mero trampolim para outras paragens.
Pelo meio, queimam-se jovens jogadores, trituram-se treinadores, afastam-se os sócios. Com o fosso que se cava para Poto, Benfica e até Braga, em breve também se afastarão os investidores, patrocinadores e demais parceiros.
E nenhuma empresa pode ser gerida como a SAD.
A SAD é um mero instrumento jurídico do Clube, que detém a esmagadora maioria de capital da mesma.
E o momento que vivemos não é uma questão interna da SAD. É um momento em que se discute toda a estrutura da mesma, e, como tal, o clube, os seus sócios e dirigentes terão sempre uma palavra a dizer.
Os sócios terão sempre o direito de criticar, os dirigentes visados terão de saber ouvir as críticas e, se necessário, emendar a mão, e os restantes dirigentes não podem - sob o falso pretexto da unidade (que é muitas vezes confundida com unicidade) – deixar de defender o seu clube, em nome do seu amor clubístico, da sua história, da sua consciência e dos sócios que os elegeram, pelo contrário, a sua responsabilidade é, nesta matéria, acrescida.
Não há, pois, SAD sem clube, como não haverá clube sem SAD.
É, pois, altura de concentrar todos os esforços na SAD, revolucionar a mesma, por ser o core business do clube.
Luís Duque e Carlos Freitas foram os pesos pesados de uma lista que teve os votos que teve muito por sua culpa. Os sócios do Sporting votaram nessa lista convictos que tinham um grande gestor de activos (quase 90 contratações sem qualquer mais valia financeira para o clube) e alguém influente nos meandros do futebol (o que, a ser verdade há 12 anos, hoje não tem qualquer relevância, o “sistema” permanece intacto, requintado mesmo, agora com a marca da impunidade após o rotundo fracasso do “apito dourado”).
Confundiu-se, confunde-se, uma base de dados e contactos com alguns empresários com uma gestão eficiente de activos, com um projecto próprio assente numa identidade e mística, o qual devia ter por base a nossa maior riqueza, a academia!
Confundiu-se, e confunde-se, pseudo-influências no sistema instituído e experiência alicerçada num título alcançado há 12 anos, com um projecto em que o Sporting devia delinear, promover e liderar um projecto de renovação e transparência no desporto português e no futebol em particular!
Espero que o Presidente do Sporting o entenda e tenha a coragem de mudar de rumo. Caso contrário, os pesos-pesados que contribuíram para a sua eleição vão ser os mesmos que o vão arrastar a si e ao clube para o fundo, sendo que os mesmos são especialistas em manter-se à tona, sempre disponíveis a abraçar novos projectos…

SPORTING SEMPRE!

RM

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SPORTINGUISMO

Caro Sá Pinto,

Sou um mero sócio do Sporting e venho, por este meio, dar-lhe uma palavra de solidariedade! Quanto mais não seja pelo ideal comum que nos une: o Sportinguismo!

Agora que os algozes e os cobardes se escondem, uma vez mais, na sombra e se preparam para imolar mais uma vitima das trapaças e da incompetência digo-lhe que estou ao seu lado! O Sporting não abandona os Seus! Os verdadeiros Sportinguistas não deixam os seus ao escrutínio do julgamento popular, resolvem as coisas em sede própria, com frontalidade, não descurando responsabilidades! E aqui falo para quem dirige o Clube e a SAD, apenas: Godinho Lopes! É a única pessoa que tem que assumir uma posição pública (sim, desprezo e dispenso as esfarrapadas, boçais e torpes justificações dos anafados que se alimentam à custa da SAD e de cuja incompetência e falta de seriedade nunca duvidei, tendo agora também a certeza que de Sportinguistas nada têm)!

Independentemente de ter, em momento próprio e para quem me ouviu, assumido que o seu papel deveria ser de, noutras funções, transmissor dos ideiais Sportinguistas, que sempre expressou dentro de campo, com a garra, o espirito de sacrificio, o cerrar dos dentes e ir a fundo num antes quebrar que torcer na dedicação e entrega, a irreverência, a alegria de vestir a camisola verde e branca e de jogar em Alvalade, perante o Tribunal Leonino que sempre enfrentou com seriedade e a tranquilidade de quem tinha dado tudo em todos os momentos (e que ainda hoje expressa sempre que acaba um jogo, aceitando com dignidade e frontalidade o juizo da massa associativa, ainda que desfavorável, MAS NUNCA SE ESCONDENDO na sombra), estou aqui para lhe agradecer ter dado tudo o que tem e sabe pelo Sporting, pouco me interessando o resultado do jogo com o Gil Vicente!

Interessa-me a personalidade, o carácter, a frontalidade, a luta em prol do SPORTING e seus VALORES e que TUDO ISTO NÃO PODE SER DESPERDIÇADO por causa do resultado de um jogo! Ainda para mais quando serve apenas para escamutear a actuação de quem, ao longo de mais de uma década, só prejudicou o Sporting alegadamente trabalhando para o Clube e se serve agora de si, Sá Pinto, como escudo para se proteger! Esses é que quero EXPOSTOS e FORA do Sporting, desde logo porque não os reconheço como Sportinguistas! E muito menos os resconheço como pessoas sérias ou, sequer, competentes profissionalmente!

Sá Pinto, independentemente do que se passar hoje ou nos dias que aí vêm, perceba que não está só na defesa do IDEAL SPORTING e que há mais quem por Ele lute e que, quem sabe, o futuro em Alvalade ainda pode ser VERDE, para Si e para os Verdadeiros Sportinguistas que restam! Sim, porque ainda SOMOS MUITOS!

Aos que gerem a Instituição, SOIS UMA VERGONHA! E não sois a maior vergonha do Sporting porque essa terá que ser assumida por TODOS NÓS, SPORTINGUISTAS, que vos deixamos perpetuar-se no Sporting, qual cancro que corrói por dentro o Clube!

ACORDAI SPORTINGUISTAS! Nem mais um minuto para estes... senhores! O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL É CENTENÁRIO E MERECE MELHOR QUE ISTO! O SPORTING NASCEU PARA SER TÃO GRANDE QUANTO OS MAIORES CLUBES DA EUROPA E DO MUNDO! ERRADIQUEMOS DE VEZ esta doença que nos infeta e destrói! Os nossos adversários estão dentro do CLUBE mas não se confundem com ELE! SALVEMOS O SPORTING!

VIVA O SPORTING

Luís Rasquete

quarta-feira, 4 de julho de 2012

A HISTÓRIA DIANTE DE NÓS, QUE PRIVILEGIADOS SOMOS!

Proponho a todos que leiam a resposta que o Iniesta deu quando lhe perguntaram se queria ganhar a bola de ouro para perceberem o que está verdadeiramente por trás do sucesso da Espanha, a equipa mais ganhadora da história que fez História e vai ficar na História não só pelos resultados mas também pela revolução no futebol... é formidável e somos todos uns imensos privilegiados por testemunhar estes momentos.

Iniesta, para quem não sabe, chegou muito cedo a Barcelona apenas porque... era, aos 12 anos, o melhor amigo de um miúdo que todos consideravam um génio em potência (e o Barça, e bem, quis dar a esse miúdo todas as condições para se sentir bem, integrado e confortável com a revolução que a sua vida estava a ter e então contratou o Iniesta também, a pedido do dito miúdo) e do qual o Sergio Ramos (do Real Madrid) afirma "se há algo que temos de Único é o Iniesta!".

Ora, Iniesta disse, quando questionado sobre se almejava ganhar a bola de ouro: "Não jogo para ganhar a bola de ouro. Jogo porque isso me faz feliz!" (foi mal traduzido pelos media portugueses, mas adiante...). Mais puro que isto ou maior devoção à arte sem reservas, sem a subverter ou convertê-la a um mero expediente para atingir esses tão "nobres" fins como contratos milionários ou visibilidade social, não conheço, sinceramente. É uma filosofia de vida, pronto. Joga porque isso o faz feliz e é assim que se sente realizado, desprezando os troféus, a visibilidade, os contratos milionários, a competição com os outros. Sente-se intrinsecamente feliz naqueles momentos em que joga, ali está o seu maior troféu, a sua perfeita recompensa! De tempo a tempo há gente assim, por estranho que pareça nesta sociedade que faz tudo para premiar a notoriedade, a visibilidade, desvirtuando outros fins que não o dinheiro, o poder e a visibilidade social.

Que parvo é o Iniesta que "se basta" a dar uns pontapés na bola e não se serve desse imenso talento para obter outras coisas tão socialmente valorizadas. É um parvo, obviamente. Tal como era outro que foi piloto de corridas (e conseguiu, imagine-se, correr na formula 1), de nome Ayrton Senna, que era parvo ao ponto de dizer que não corria contra os outros, corria contra si mesmo! E teimava em ir para a pista sozinho fazer as que ficaram baptizadas como "voltas-canhão" nas qualificações para os grandes prémios.

É assim, quando o nosso maior adversário, somos nós mesmos e, em simultâneo, tudo o que precisamos para ser felizes está em nós, relativizamos um pouco o mundo que nos rodeia e, paradoxalmente, neste individualismo extremo da auto-superação acabamos por dar aos outros o melhor de nós, fazendo o mundo avançar verdadeiramente por batermos recordes, por superar marcas, limites, os NOSSOS limites individualmente considerados, desde logo. É estranho, de facto. Que parvos são os Iniestas e os Sennas desta Vida... ou talvez não!...  

Será possível ultrapassar este estado sublime a que chegou o futebol espanhol? Sim, é possível mas para tal há que ter presente pressupostos como a verdade, a entrega, a lealdade, a comunhão, a amizade, a fraternidade, o espirito de sacrifício da individualidade em prol do bem comum (como quando o Xavi, cansado, na 2ª parte do jogo com Portugal pediu humildemente para ser substituído), o respeito pela hierarquia, a confiança cega no próximo, em suma, a auto-superação individual em prol da realização individual que reverte para o grupo verdadeiramente unido com um objectivo, sem queimar etapas, sem subverter ou alienar valores, sem mentiras ou truques manhosos e, tendo estes pressupostos presentes, dar o passo em frente. É difícil não é? Lá está, foi feita História e somos todos uns privilegiados por termos testemunhado a História a fazer-se de uma forma tão sublime.

Luís Rasquete 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

PERTO MAS... NÃO CHEGA!

Antes do mais dar os parabéns à Espanha. Mereceu, foi melhor, meteu o pé a fundo até ao final do jogo e teve o mérito de ganhar nos penaltis, com senso e sem tibiezas, apesar de ter falhado o primeiro. Até aqui se vê a fibra de um campeão! Casillas avançou para a baliza e defendeu limpinho, concentrado e sem vacilar.

Agora falo de Nós.

O jogo correu parcialmente como perspetivei no que respeita à pressão alta a forçar ao erro dos espanhóis e a dificultar ao máximo o momento de jogo em que se sentem mais confortáveis: o controlo de bola e a pressão alta sobre os adversários. Antes de nós só a Itália o tinha feito com (mais) sucesso.

Já na parte que perspetivei mas não apoiei, comprovou-se o porquê: a falta de eficácia na finalização não é compatível com quem quer ganhar títulos e jogar com Hugo Almeida ou (este ainda verde) Nélson Oliveira na frente hipoteca largamente a possibilidade de ganhar jogos que se decidem em detalhes. Com uma agravante, ontem Ronaldo voltou ao ritmo dos jogos com a Alemanha e a Dinamarca, individualista, pressionado e trapalhão na finalização. Ao melhor do mundo pede-se, naquele último lance do tempo regulamentar, que emende o mau passe do Meireles, não se precipite, tire o Piqué que já vem em desequilíbrio da frente e... dê a estocada final perfeita num jogo que diferenciava o melhor do mundo dos outros.... Ronaldo tem 27 anos e pensem, agora posso expor este pensamento que me ocorrera, no que seria chegar ao Brasil daqui a 2 anos com 29 a liderar a equipa campeã da Europa num Mundial realizado no maior resultado da nossa aventura dos Descobrimentos? E com a diáspora que por lá já temos e que vai crescer nos próximos tempos! Pois é, era o melhor do Mundo a integrar uma seleção finalmente vencedora!

Falhámos onde os campeões não falham e explico porquê:
 
1.   Como Del Bosque confessou no final a Espanha estava cansada e soube mitigar esse cansaço efetuando as substituições no momento certo, colocando inicialmente o Negredo para "bater" e depois colocando a "carne toda no assador", modificando totalmente a forma de jogar que passou a ocupar toda a largura do campo e não apenas o miolo, com as entradas de Fabregas (apenas aparente recuo pois teve mais posse e mais controlo mais próximo da nossa baliza), Navas e, especialmente, Pedro. Pedro e também Navas foram autênticas locomotivas a desgastar a nossa equipa. Como acima disse, a Espanha pôs o pé a fundo e só parou na vitória dos penaltis, tendo feito um prolongamento largamente dominador;
2.   E nós? Nós não soubemos gerir o jogo e o cansaço inicial dos espanhóis. E desperdiçámos essa mais valia ao atrasar as substituições e ao desgastar excessivamente a equipa quando os espanhóis colocaram toda a sua capacidade em campo. Paulo Bento não tem ainda a experiência do Del Bosque e tem que aprender que com teimosia em excesso vai em breve passar de teimoso a... burro. Saber ler o jogo é não insistir sistematicamente num sistema que se revela improdutivo e incapaz de aproveitar o que são as fraquezas do opositor. A falta de soluções no banco não é resposta porque estavam lá Varela, Quaresma e Custódio que, não sendo do mesmo nivel dos outros, têm valor para 30 minutos a fundo a ajudar a equipa;
3.   Paulo Bento deveria ter colocado o Varela e esticado ainda mais o jogo, colocando Ronaldo no meio para não o desgastar mais a defender e ter maior capacidade de finalização (sim, Ronaldo, mesmo falhando mais que o normal no Real continua a ser o nosso melhor finalizador, devia ter sido apontado à baliza sem mais preocupações). Como ele próprio (PB) reconheceu, no prolongamento não fomos capazes de contrariar o domínio espanhol e passar o jogo para lá da barreira do meio campo deles. Resultado, Nelson Oliveira entrou para nada e Ronaldo não mais teve bolas;
4.   Sempre disse e agora reitero, com Varela na ala a poupar Ronaldo e a segurar um dos laterais espanhóis e com Nani mais cedo no meio (como o Paulo Bento fez mas já numa fase de grande desgaste, reitero) Portugal teria continuado a desgastar os espanhóis e estaríamos, provavelmente, agora a comemorar uma vitória histórica sobre uma das melhores seleções da História e, sobretudo, o inicio de um novo ciclo;
5.   Em suma, entrada de Varela para o lugar de Hugo Almeida na altura da hora de jogo e, na manutenção do 0-0, aos 80 minutos, colocação de Nelson Oliveira, saindo o Meireles, passando o Nani a jogar mais por dentro e ficando o Varela a segurar o Alba (que fez um jogo espantoso) e o Ronaldo solto, entre o Arbeloa e o Piqué, claramente onde os espanhóis mais baqueavam. Verticalizámos o jogo, ficávamos ainda com uma substituição por fazer e o Paulo Bento poderia gerir o jogo em função do resultado.

Com isto teríamos mantido na mensagem do banco para o campo e, principalmente, para os espanhóis, de que estávamos ali para jogar olhos nos olhos (como o Paulo Bento tanto afirma) até final.

Assim, perdemos a vantagem anímica e o cansaço ficou igual para ambos com uma diferença, os espanhóis já saborearam a vitória e isso dá-lhes o animus extra para... aquele passo que faz os campeões. Não foi no prolongamento, foi nos penaltis, foi justo e há que aprender com os erros, a começar pelo Paulo Bento. Uma vez mais perdemos a nossa oportunidade... e isto não pode tornar-se um fado! No momento da decisão há que dar a estocada final, sem hesitar, tendo bem presente o nosso objetivo: Ganhar (que não a todo o custo, atenção)! Respeitando o oponente e a verdade do Jogo, obviamente!

Critico a ideia de que a nossa bola bateu na barra e saiu e a deles bateu e entrou. A sorte somos nós que a fazemos e ontem não a fizemos porque eles foram melhores, especialmente no prolongamento porque o Del Bosque soube jogar bem no banco na altura certa.

Mas que balanço fazer deste Europeu?

Ganhou-se uma equipa, um grupo, apesar de se ter ganho apenas um jogo "a sério" (contra a Holanda) e empatado e perdido contra duas equipas da nossa igualha (Espanha e Alemanha, respetivamente), com o devido respeito por Dinamarca e Rep. Checa.

Sinceramente penso que o grupo que temos é restrito e pouco mais se poderia fazer em termos de atitude e espirito de equipa e carácter. Com isso superaram-se fragilidades individuais e mitigou-se o grave problema que é o campo de recrutamento exíguo que a seleção tem. E vai piorar! Nomeadamente, para atacar isto, dever-se-ia obrigar as equipas "B" a jogar exclusivamente com portugueses. É tema para outro post.

Também o Paulo Bento cresceu e será mais forte de futuro, mesmo tendo um campo de recrutamento mais reduzido. Há que apoiar o selecionador, apontando de forma construtiva os erros e colaborar para a melhoria de todos os aspectos que rodeiam a selecção, desde a organização da estrutura federativa aos clubes, passando por aspectos logisticos que rodeiam estas grandes competições.

Honraram Portugal, é inegável. Estamos entre os 4 melhores da Europa. Assim estivéssemos noutras áreas da nossa vida e tivéssemos este critério de exigência para outros que influeciam muito mais a nossa vida diária (envergonhamo-nos todos da classe que miseravelmente nos consome recursos e se governa às nossas custas)... Foram um exemplo e que Todos aprendamos com isso.

VIVA PORTUGAL, obrigado Rapazes!

P.S.: Hoje não dou de barato a vitória da Alemanha, bem pelo contrário, perspetivo que a equipa mais evoluída taticamente deste Europeu, a Itália, com Chielini e De Rossi recuperados, faça uma "surpresa" e chegue à final. Logo veremos porque o futebol tem este fascínio. Com vitórias ou derrotas, há sempre o próximo jogo e esse é sempre, mas sempre, o mais importante!

Luís Rasquete